quinta-feira, 15 de março de 2012

LIGADO À NIKE, DIRETOR DO CORINTHIANS DIZ QUE SE AFASTA SE HOUVER CONFLITO DE INTERESSE


  • Ivan Marques trabalha em agência de publicidade que tem como um dos clientes a Nike
  • Ivan Marques trabalha em agência de publicidade que tem como um dos clientes a Nike
  • Crédito da imagem: Arte/UOL Divulgação
  • Ivan Marques, novo diretor de marketing do Corinthians, é um profissional renomado no mercado, sócio da F/ Nazca, uma das maiores agências de publicidade do país, que criou a premiada campanha República Popular do Corinthians. Entre os clientes da agência está a Nike, que patrocina o clube alvinegro desde 2003.
  • Questionado sobre um possível conflito de interesse, quando, por exemplo, acabar o contrato da Nike e uma outra fornecedora esportiva demonstrar interesse em se aliar ao Corinthians, Marques disse que se afastaria da negociação por estar ligado à multinacional norte-americana.
  • 'Não existe [conflito de interesse]. Se existir, vai ser administrado com a maior transparência possível e ética. Se houver algo mais polêmico, vou me abster de participar. O correto é que eu não deva entrar quando tenho interesse nas duas partes, então não vou tomar partido. Mas não está acontecendo nada disso, a perspectiva é outra, deixar a relação com a Nike mais forte ainda e aí posso contribuir para os dois lados', declarou, ao UOL Esporte.
  • O vínculo com a Nike se estende até dezembro de 2014, e o Corinthians recebe cerca de R$ 16,5 milhões por ano pelo acordo.
  • O novo diretor de marketing substitui Luis Paulo Rosenberg, que se tornou vice-presidente de Mario Gobbi. Marques pretende profissionalizar ainda mais o setor, que virou modelo para outros clubes do Brasil durante a gestão de Andrés Sanchez.
  • 'O que tem que fazer agora é dar um grau de profissionalização a todo clube. Hoje em dia o futebol brasileiro tem recursos e vamos buscar uma lucratividade maior, não só para outros times continuarem nos seguindo, mas também para aprender com clubes de fora, seja na questão do ?naming rights? ou de outros projetos. Farei o trabalho desincumbido de interesses econômicos', comentou, já que seu cargo não é remunerado no Parque São Jorge.
  • Ao citar ?naming rights?, Marques se referiu ao objetivo do Corinthians de vender o nome do futuro estádio em Itaquera para alguma grande empresa. O dinheiro arrecadado será utilizado para pagar o empréstimo do BNDES.
  • 'Estamos estudando fechar um acordo de R$ 400 milhões por dez anos, se tudo caminhar bem. Isso não faz parte da realidade do Brasil, até hoje não existe nenhum caso. Se o do Corinthians não for o primeiro, será um dos primeiros, então é um desafio muito grande, porque é um tipo de negócio que nunca foi feito.'
  • No mês passado, o banco BMG, de Minas Gerais, foi procurado pelo clube paulista, que ofereceu à instituição o direito de nomear o estádio por R$ 350 milhões.
  • O banco, porém, recusou a oferta, de acordo com seu vice-presidente Márcio Alaor, pois o retorno não seria compensatório. 'O Itaquerão sempre vai ser o Itaquerão. Ninguém vai chamar de BMGzão', afirmou o executivo à revista Isto É Dinheiro.

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